Brasil

As grandes metrópoles brasileiras enfrentam necessidades urgentes em termos de equipamentos urbanos e serviços públicos. Para responder a esses desafios, os governos locais implementam políticas ambiciosas de modernização da infraestrutura no âmbito da nova Política de Aceleração do Crescimento (Novo PAC), lançada em 2023 pelo governo brasileiro.

A AFD apoia essa dinâmica financiando projetos urbanos de baixo carbono, socialmente inclusivos e integrados aos territórios. É dada atenção especial à inovação, ao combate às desigualdades — especialmente as de gênero — e à redução das desigualdades territoriais. As infraestruturas sustentáveis são um pilar central dessa ação:

• No setor de água e saneamento, a AFD apoia a expansão das redes, a redução das perdas e a gestão sustentável dos recursos, em parceria com operadores públicos, privados e autoridades locais (ODS 6).
• No setor de mobilidade, apoia a criação de redes de baixo carbono (ônibus, transporte ferroviário), estruturantes para as cidades, valorizando a expertise francesa em mobilidade suave, intermodalidade e engenharia urbana (ODS 11).

Promover infraestruturas urbanas sustentáveis e inclusivas (planejamento urbano, mobilidade, gestão de resíduos)

Apoiar o desenvolvimento de energias renováveis e a eficiência energética

Contribuir para a universalização dos serviços de água potável e saneamento

Embora o Brasil seja geralmente considerado relativamente resiliente às mudanças climáticas, alguns Estados — como o Rio Grande do Sul — permanecem particularmente vulneráveis. Os recentes eventos climáticos provocaram uma das maiores catástrofes naturais já registradas no país. Os danos são consideráveis e têm repercussões econômicas significativas, afetando diversos setores.

Neste contexto, o Grupo AFD financia projetos promovidos por Estados, municípios, empresas públicas e instituições financeiras que contribuem para a transição ecológica do país, preservando seus recursos naturais e ecossistemas.

Essa abordagem territorial permite propor soluções sob medida conforme as realidades locais, por meio de instrumentos adaptados:

• Empréstimos soberanos para projetos e programas de Estados e municípios
• Empréstimos não soberanos para empresas públicas e bancos de desenvolvimento

Melhorar as práticas agrícolas e o uso sustentável do solo

Apoiar a redução de riscos de desastres naturais ligados às mudanças climáticas

Implantar projetos de gestão sustentável dos recursos naturais e dos ecossistemas

No âmbito do Plano de Transformação Ecológica, o governo brasileiro vem catalisando esforços para o fortalecimento das políticas financeiras verdes e o desenvolvimento de instrumentos financeiros que apoiem a construção de um modelo econômico de baixo carbono, mais resiliente e equitativo. Com um sistema financeiro sólido e diversificado, o Brasil pode contar com os atores do Sistema Nacional de Fomento (SNF) e com as instituições financeiras privadas para acompanhar essa transição.

O apoio ao desenvolvimento de um sistema financeiro sustentável, inclusivo e responsável constitui uma das principais áreas de atuação do Grupo AFD no Brasil há mais de dez anos (1,8 bilhão de euros em compromissos entre 2013 e 2024). Nesse contexto, o Grupo AFD apoia instituições financeiras públicas e alguns bancos privados que atuam no financiamento de políticas públicas voltadas para o desenvolvimento sustentável.

A AFD também apoia a Associação Brasileira de Desenvolvimento (ABDE), promovendo assim a agenda da finança sustentável no mercado brasileiro. Por meio da Expertise France, o Grupo mobiliza ainda uma expertise técnica em finanças verdes junto ao Banco Central do Brasil (BCB).

Acompanhar a agenda de finanças sustentáveis das autoridades brasileiras

Desenvolver instrumentos de finanças sustentáveis no âmbio das instituições financeiras

Apoiar o financiamento e a inovação no setor da bioeconomia